Projeto Documental

O MEU LUGAR

No dia 1 de julho de 1205, o rei D. Sancho I de Portugal, que tinha um reguengo em Vila Nova, fez uma carta foral para 40 povoadores dessa terra, dando autorização para estes tratarem do seu reguengo. Todo o lucro que os 40 povoadores obtivessem seria perpetuamente deles, por direito hereditário, e poderiam vender como seu foro a quem quisessem. Assim, a história da vila enquanto comunidade, inicia-se a partir desse momento.

O meu Lugar

Um projeto fotográfico documental sobre as pessoas e lugares do concelho de Vila Nova de Famalicão, com o objetivo de criar um arquivo de imagens que retratasse o nosso concelho. No fundo, um registo dos nossos dias, da nossa época, da história das nossas gentes. Num esforço para abranger os vários setores da sociedade, procurei captar imagens que refletissem a riqueza da nossa cidade. Desde as zonas mais rurais ao centro urbano, sem esquecer a forte componente industrial pela qual o nosso concelho é tão bem conhecido. Somos também uma cidade que aposta na cultura e no desporto. Foi toda essa complexidade que procurei encontrar, em cada recanto, em cada esquina, em cada rosto dos famalicenses que fotografei.

CSIF

Castelões, Oliveira Santa Maria, Oliveira São Mateus, Pedome e Riba de Ave

PEDOME

Nos registos históricos da Península Ibérica, a freguesia de Pedome é referida em documentos que remontam ao período em que os Mouros dominavam o território que atualmente corresponde a Portugal. Numa carta datada de 1033 é citada a povoação de Pedomen, pelo que esta localidade será anterior à fundação da própria nacionalidade. Esta região do extremo leste do concelho de Vila Nova de Famalicão foi, no início do século XX, uma aldeia rural dependente sobretudo da agricultura. Mas foi com o investimento na indústria têxtil nas décadas de 30 e 40 que a freguesia prosperou.

Cruzeiro, Pedome, 2021

Maria Dores Ferreira, 63 anos, reformada. Pratica exercício físico regularmente para se manter ativa. Gosta particularmente das aulas de Zumba e Pilates

Pedome, 2021

Pedome, 2021

Campo de Jogos no Parque de Lazer Calça Ferros,

Pedome, 2021

Francisco Martins corta lenha para ajudar familiares que gerem café no Parque de Lazer Calça Ferros. A madeira cortada é utilizada no fogão a lenha para cozinhar pão com chouriço e outros petiscos.

Pedome 2021

Jorge Silva, 70 Anos, reformado da Guarda Nacional Republicana, colhe batatas no seu terreno. Costuma chegar logo de manhã cedo, trabalhando até à hora de almoço. Durante a tarde gosta de ir até ao café do Parque Calça Ferros, onde aproveita para descansar e passar algum tempo com os amigos.

Pedome, 2021

Fernando Pereira, 59 anos, pratica pesca desportiva no Rio Ave. Cedo pela manhã, Fernando gosta de chegar à margem do Rio Ave, perto do Parque de Lazer Calça Ferros e lançar a sua linha ao rio. Usa massa cotovelo como isco, à procura das grandes carpas reais.

Pedome, 2021

RIBA D’AVE

O nome de Riba d’Ave tem origem no português antigo, onde “Ave” significa curso de água e “Riba” é uma derivação da palavra latina “Ripa”, que significa margem.

Segundo o autor José Correia de Souto, Riba d’Ave “é tão antiga como a nacionalidade”.

De entre todas as freguesias da região, Riba d’Ave é a única que mantém a toponímia original desde a Idade Média.

Abílio Costa, cozinheiro reformado. Adora caminhar pelas montanhas com familiares e amigos. Numa dessas caminhadas pelos Pitões das Júnias teve o infortúnio de estalar o pé esquerdo.

Riba D’Ave, 2021

Riba D’Ave, 2022

Zona da igreja nova de Riba d'Ave, inaugurada em 1950, inspirada na arte românica portuguesa.

Riba D’Ave, 2021

Margens de grande beleza natural na Pista de Pesca do Ave. Neste local podemos respirar um pouco do nosso património histórico hidroeléctrico e industrial.

Riba de Ave, 2022

Subestação REN

Riba de Ave, 2022

Riba de Ave, 2022

Agostinho Couto, 71 anos, é dono da Drogaria da Ponte desde 1988. Foi empregado de escritório na Sá, Sousa e Lopes, antes de abrir a Drogaria. A casa onde está situada tem mais de 102 anos, e foi uma das maiores lojas do Norte.

Riba de Ave, 2021

Fontanário

Riba de Ave, 2022

Estrada Nacional 310

Riba de Ave, 2021

CASTELÕES

Castelões é uma freguesia de antiguidade inquestionável, com origem na época pré romana.

Em documentos históricos, a primeira referência feita à freguesia data de 20 de Fevereiro de 1033.

Nos dias de hoje, Castelões continua a estar fortemente ligada à agricultura e criação de animais, embora existam já outras atividades de grande importância, como é o caso da indústria têxtil e carpintaria.

Castelões, 2022

Jardim com plantas envasadas em tanques de roupa coloridos.

Castelões, 2022

José Ferreira, 50 anos, trabalha para a Junta de Freguesia de Cavalões. Uma das suas funções é a de regar as plantas dos jardins da freguesia. Antes de trabalhar para a Junta exercia funções na Riopele.

Castelões, 2022

Aqueduto de Castelões.

Situado num pequeno vale entre os lugares de Santiago e da Bouça, é pertença da Quinta de Santiago. Constituído por 17 arcos, numa extensão de 130 metros de comprimento, presume-se que a sua edificação tenha ocorrido durante o século XVIII, em paralelo com os melhoramentos realizados na Casa de Santiago. Um outro fato que aponta a sua construção para esse século é o fato de ser detentor de um traço arquitetónico muito semelhante aos "Arcos de Vila do Conde". A sua edificação teve como objetivo a condução de duas linhas de água para a casa de habitação e terras de lavradio da Quinta de Santiago.

Castelões, 2022

OLIVEIRA SÃO MATEUS

Freguesia situada quase no extremo leste do concelho, a 15km da cidade de Vila Nova de Famalicão. O Rio Ave, que delimita a freguesia a Sul, possibilitou o desenvolvimento das terras da região, atraindo e fixando as primeiras populações.

Freguesia de paisagem predominantemente rural, teve contudo na indústria têxtil a principal alavanca da economia. No entanto, atualmente, é o comércio que movimenta uma importante parte da população da freguesia.

Oliveira São Mateus, 2021

Coreto no centro do praça onde se realiza a feira semanal.

Oliveira São Mateus, 2021

Sr. Manuel na sua oficina de bicicletas e motorizadas. Inicialmente o pai de Manuel abriu a loja como funilaria, e nos anos 50 fizeram a transição para a oficina de bicicletas e mais tarde também de motorizadas. A loja só esteve fechada quando esteve no serviço militar e durante os anos que esteve emigrado na Alemanha. O negócio passou do seu pai para o irmão mais velho e depois para ele.

Oliveira São Mateus, 2021

OLIVEIRA SANTA MARIA

Os vestígios mais antigos desta freguesia remontam ao período da proto-história, durante o qual terá sido erigido o povoado fortificado do Monte Crasto. Este povoado localiza-se no mais importante relevo da freguesia, dominando uma parte do vale do rio Ave.

É ainda hoje uma freguesia com forte componente religiosa. O Mosteiro de Oliveira, localizado junto das terras mais férteis da freguesia, foi fundado durante a Idade Média. Este mosteiro detinha um património constituído por propriedades espalhadas por diferentes freguesias e manteve a sua enorme importância durante todo o período medieval.

Mosteiro, Oliveira Santa Maria, 2021

Oliveira Santa Maria, 2021

Contraste da zona rural com a arquitetura contemporânea.

Oliveira Santa Maria, 2021

Miradouro da Capela de Santa Tecla

Oliveira Santa Maria, 2021

Oliveira Santa Maria, 2021

Oliveira Santa Maria, 2021

Jogo de Futebol das Camadas jovens do AD Oliveireinse.

Oliveira Santa Maria, 2021

Oliveira Santa Maria, 2021

CSIF

Ruivães e Novais, Bente e Carreira, Bairro, Delães

Ruivães e Novais

Em 2013, Ruivães foi unida à freguesia de Novais, formando a União das Freguesias de Ruivães e Novais, com sede em Ruivães. Com uma paisagem marcada pela passagem do Rio Pele, a freguesia encontra-se situada a 8 quilómetros da sede concelhia, dispondo, a par com uma interessante variedade de lojas, de diversos espaços de utilidade pública.

Moradia coberta de Azulejos. Ruivães, 2022

Nascer do sol num campo sobre a vinha. Ruivães, 2021

Largo da Igreja, Novais, 2022

Centro Paroquial, Novais, 2021

Novais, 2022

Novais, 2021

Ruivães, 2022

Treino das camadas Jovens do Ruivanense Futebol Clube.

Ruivães 2022

Bente e Carreira

A antiga Freguesia da Carreira apresenta vestígios castrejos e detém diversas referências em documentos no século XII, sugerindo assim um povoamento da freguesia na época pré-romana. No entanto, surge pela primeira vez documentada com a denominação de “Santo Jacobo de Carreira” nas inquirições de 1220.  A antiga Freguesia de Bente aparece designada em 1081, como pertencente ao Couto de Landim, no antigo termo de Barcelos, conhecida como “Villa Benedicti”. Os brasões de armas das freguesias têm um especial significado, que se traduz na história dos Carreirenses e dos Bentenses. O setor industrial e o comércio traduzem-se na base da economia local, com elevada oferta nos postos de trabalho e posterior dinamização da freguesia além fronteiras. A agricultura está também muito presente nesta União de Freguesias.

Bente, 2022

Capela de Santo António, Bente 2022

Bente, 2022

Casa do Souto. Carreira, 2022

Carreira, 2022

Carreira, 2022

Carreira, 2022

Carreira 2022

Bairro

Situada na margem direita do rio Ave e com uma extensão territorial de 370 hectares, Bairro, que dista 12 km da sede do concelho, surge como uma das mais prósperas freguesias de Vila Nova de Famalicão. O desenvolvimento verificado ao nível da atividade económica, do equipamento social, das infra-estruturas básicas, dos transportes e da rede viária, assim como do movimento associativo, têm permitido uma maior qualidade de vida aos residentes da freguesia. 

Bairro, 2022

Bairro 2022

Junta de Freguesia, Bairro, 2022

Bairro, 2022

Bairro, 2022

Treino das Camadas Jovens do F.C. Bairro.

Bairro, 2022

Bairro, 2022

Bairro 2022

Delães

Delães nem sempre pertenceu à comarca de Vila Nova de Famalicão. Em 1839 aparece na comarca de Barcelos, e só em 1852 se insere na de Vila Nova de Famalicão. Da sua toponímia diz-se que, no princípio da fundação da freguesia, o povo teria denominado esta região por «Divino Salvador Dallém D Ave», que depois se teria chamado «Dallém D Ave», mais tarde «Dallêns» e hoje Delães.

Fachada da Associação Musical e Recreativa "Os Delaenses"

Delães, 2022

Paisagem Urbana, onde podemos ver várias tipologias de arquitetura habitacional e fabril.

Delães 2022

Delães 2022

Caminho no Parque Arqueológico de Delães.

Delães 2022

Parque Arqueológico. Delães, 2022

Campo de Jogos do Clube Recreativo e Popular de Delães

Delães, 2022

Delães, 2022

Avenida da Portela.

Delães, 2022

Delães 2022

CSIF

Seide, Avidos e Lagoa, Landim

Seide

Foi nesta localidade que residiu e faleceu o escritor Camilo Castelo Branco. A casa onde viveu com Ana Plácido cerca de 26 anos, foi mandada construir por Pinheiro Alves, primeiro marido de Ana, por volta de 1830. A 1 de Junho de 2005, por ocasião dos 115 anos do falecimento do escritor, foi inaugurado, em terrenos fronteiros à Casa de Camilo, o Centro de Estudos Camilianos. O edifício, da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira, compreende um auditório, salas de leitura e de exposições temporárias, cafetaria, gabinetes de trabalho e reservas. Foi considerado o melhor museu nacional em 2006 pela Associação Portuguesa de Museologia.

Seide, 2022

Seide 2022

Casa de Camilo Castelo Branco. Seide 2022

Centro de estudos Camilianos. Seide, 2022

Seide 2021

Avidos e Lagoa

Encontrando-se no limite sul do concelho, o seu território é atravessado por dois principais cursos de água: o Rio Pele e a Ribeira de Gerém. De belíssimas paisagens rurais, a população dedica-se fortemente à agricultura.

Avidos, 2022

Quinta do Penso. Avidos 2022

Casa mortuária. Avidos 2022

Avidos, 2022

Auditório António Gomes e Igreja

Avidos 2022

Avidos 2022

Vindimas em casa do Sr José Oliveira, 52 anos, que estava acompanhado pela Fátima Oliveira, 58 anos, Agostinho Oliveira, 60 anos, Ângela Oliveira, 30 Anos e Pedro Bragança, 28 Anos. Lagoa 2021

Cruzeiro ao lado do cemitério. Lagoa 2022

Lagoa, 2021

Avidos 2022

Landim

Terra de agricultores, de paisagens rurais com uma beleza que parece surgir de outro século, quando o tempo se movia mais devagar.

É também uma freguesia com fortes tradições religiosas.

Landim, 2021

Landim 2022

Zona Industrial de Landim 2022

Landim 2022

Carlos Alberto Martins, lavra no seu terreno em Landim, 2022

Landim 2022

Landim 2022

CSIF

Brufe, Gavião, Famalicão e Calendário, Antas e Abade de Vermoim

Brufe

A freguesia de Brufe situa-se num vale, entre dois montes, o Serita e o Porrinho. O povoamento da freguesia deverá ser pré-histórico, a julgar pela toponímia, anterior ao século XII, e pela arqueologia castreja e dolménica. Porém, as primeiras referências documentais datam de 1081. As principais atividades económicas da freguesia são a metalúrgica de base, a indústria têxtil e a transformação de madeira.

Lar de Idosos em Brufe, 2022

Brufe 2022

Brufe 2022

Adriano Miguel Sá, 45 anos, serralheiro (Monta MS) Brufe 2022

Brufe, 2022

Brufe, 2022

Vila Nova de Famalicão e Calendário

Provavelmente, a ocupação humana do território correspondente à freguesia de Vila Nova de Famalicão remonta pelo menos à época romana, atestada pela confluência da via que ligava as cidades de Bracara Augusta (Braga) e Cale (Porto), e da via que ligava o litoral ao interior da bacia do Ave. O primeiro grande momento na história de Vila Nova de Famalicão surgiu com a atribuição do foral por parte do rei D. Sancho I, em 1 de julho de 1205.

Calendário é hoje a freguesia do Concelho de Vila Nova de Famalicão que possui maior densidade populacional. Situa-se dentro do perímetro urbano da cidade. Freguesia dedicada sobretudo à indústria têxtil, metalomecânica, construção civil e obras públicas, entre outras. É comprovadamente uma das freguesias mais desenvolvidas do concelho de Famalicão. 

Fachada de um dos mais antigos restaurantes da cidade, Sara Barracoa Vila Nova de Famalicão, 2022

Rua Alves Roçadas, Vila Nova de Famalicão, 2022

Moradia icónica junto aos Paços do Concelho,

Vila Nova de Famalicão, 2022

Gavião

Cavilam, Cafiam ou Quafiam, assim se foi escrevendo e chamando à freguesia de Santiago de Gavião. Localizada entre os rios Ave e Este, esta freguesia é conhecida desde o dia 20 de junho de 1072. A partir do século XIX, a história de Gavião começa a ser confundida com a história do novo concelho de Vila Nova de Famalicão, por ser a terra de Francisco Jeronimo de Vasconcelos e Castro, bem como de outros nomes importantes da política local. 

Gavião, 2022

Gavião, 2022

Gavião 2022

Joaquim e Rui Marinho, pai e filho, segunda e terceira geração da gerência da Serração dos Moutados. Gavião, 2022

Fábrica Vieira de Castro, Gavião 2022

Bairro de São Vicente e Edifício do Tribunal de Famalicão, Gavião, 2022

Antas e Abade de Vermoim

Fazendo fronteira com a sede do Município, esta freguesia é uma das mais desenvolvidas do concelho.

Aqui encontramos a Igreja de Santiago de Antas erguida no século XIII, como igreja de um mosteiro que pertenceu à Ordem dos Templários. Esta igreja foi classificada como imóvel de interesse público no ano de 1958.

Entretanto foi construída a Igreja Nova de Santiago de Antas, de arquitetura contemporânea, pela mão de Hugo Correia, um arquiteto famalicense.

Abade de Vermoim, 2021

Antas, 2021

Jorge Humberto, Músico da Banda Cityzens e radialista na FamaRádio, Antas, 2022

Igreja Nova de Santiago de Antas e Igreja Românica Santiago de Antas 2022

Parque da Devesa, 2022